segunda-feira, agosto 7

Entrevista a Sérgio Luís de Carvalho en La Voz de Galicia

(Adaptado do orixinal na norma RAG, por J. Gómez, publicado na páxina 13 do suplemento Culturas do sábado, 5 de Agosto)

—Ultimamente tivo moitos contactos con galegos, no encontro Correntes d’Escritas, no Clube Biblos ou na Fundación Wenceslao Fernández Flórez. ¿Que conclúe desa relación?

—Os meus contactos galegos são mesmo muito antigos. Minha mãe é do Minho e, pelo lado da minha avó materna, tenho alguns antepassados galegos. Desde miúdo fui a Santiago de Compostela, a Tui, a Pontevedra, a Ourense. A Galiza faz parte da minha memória de infância. Por isso teve prazer de voltar à Galiza, agora como convidado. Foi muito agradável a recepção. Não vejo muitas diferenças entre Portugal e a Espanha. O problema é que há várias Espanhas.

—¿E entre portugueses e galegos?

—Aí não vejo diferenças, mesmo até na língua. Minha mulher, que é filóloga, afirma que partilhamos a mesma língua, com sotaques diferentes, e alguns arcaísmos vivos na parte galega que no português se perderam. Podemos dizer que há diferentes Hispanias e Portugal é uma parte delas. Acontece que, no lugar de dois países, Portugal e Espanha, há cinco países, porque estão Catalunha, o País Basco e, é claro, a Galiza.