sexta-feira, março 10

O desassombro

Foise embora o presidente da república portuguesa, Jorge Sampaio. Entre os últimos actos do seu mandato, o Diário de Notícias recolheu uma visita ao cárcere de Lisboa, onde foi recevido polo director-geral dos Serviços Prisionais, Luís Miranda Pereira, acompanhado polo ministro da Saúde, quen pouco despois abandonaria o centro por ter outro compromiso.

O director-geral lamentou a auséncia do ministro, pois tinha duras críticas que facer à falta de cooperación entre os ministérios da Justiça e da Saúde para procuraren solucións aos problemas sanitários da povoación reclusa [dificuldades de articulação entre prisões e Centro de Atendimento de Toxicodependentes, dificuldades dos serviços prisionais contratarem médicos no exterior, ausência de coordenação e direcção clínica do sistema de saúde penitenciário].

"Há 20 ou 30 anos havia médicos residentes nos estabelecimentos prisionais, hoje estão algumas horas, fazem atendimentos curtos", dixo o Miranda Pereira.

O presidente concordou e agradeceu a sinceridade e franqueza
(“o desassombro”) do director-geral dos Serviços Prisionais.
“Muitas vezes nestas reuniões olhamos todos uns para os outros e não dizemos o que é preciso ser dito", afirmou.