Olhadas alheias

Sempre é bom conhecer-se em outros olhos. E quando um se reconhece, pode estar de parabéns.

Breve Crónica das Índias (III)

Mais (dois):
Quando Deus fez a Galiza, pensou na América.

Breve Crónica das Índias (II)

“Ou bem que há respeito pelo público, ou então boa noite” (José Cardoso Pires, O Delfim)

Coração independente
coração que não comando

Alfredo Duarte e Amália Rodrigues

Parapeitos

Menos mal que está perto Portugal.

Rivalistas

Se es dos meus, tudo bem, e se non, canha.
O Arnaldo Antunes está em domingo, dia 29 de maio, em Compostela.
Saúde e solaz.

Prova de fogo

Mohandas Gandhi (chamado Mahatma, “Alma grande”) ficou na História como um claro exemplo da facticidade da resolução de graves conflitos por meios pacíficos. Mas ele nunca estivera diante do dilema de conhecer a ementa do restaurante El Bulli e a creatividade do Ferran Adrià.
No suplemento El Viajero (EL PAÍS de sábado, 21 de maio), José Carlos Capel publicou um artigo titulado “Cenoura liofilizada e outras genialidades do Adrià”, no que destaca o seguinte:
...a súa deliciosa cenoura liofilizada à moda de Marraquech, semelhante a uma esponja seca e crocante, lembra os bocados que se exibem no Museu do Espácio do Smithsonian Museum de Washington. Não menos interesante é a técnica da esferificação inversa, procedimento inovador pelo que se obtêm umas falsas azeitonas de gosto intenso. Ou o seu sistema para caramelizar o azeite de oliva a ponto de febra, que deixa cair sobre o parafuso em rotação duma Black & Decker para obter molas graxas, etéreas e crocantes...

Breve Crónica das Índias (I)

Con isto da Movida haiche moito ie-ié
(Doa os teus riles).

Antón Reixa/Os Resentidos

O falar tem cancelas

Palestra do jornalista Jon Sistiaga, hoje, sexta feira, dia 20, às 20.00 horas no Paraninfo da Universidade da Corunha: “Información e terrorismo, ¿quen necesita a quen?”.

Ontem, uma ouvinte ligou para a estação local da SER. Queria rectificar uma súa intervenção anterior contra da campanha Pásate ao galego, "porque pensava que era da Mesa pola Normalización", diz a boa senhora, e "non sabia que era da Xunta" (a tradução ao galego-português é minha, mas as súas palavras foram essas).

Motel Gates

Tendo abandonado a Galáxia Gutenberg para arribar ao Planeta Huxley e aterrar na Nação Procaz, não seria nada estranho que este fora o Motel Gates.

Corcovado

Da janela vê-se o Corcovado
o Redentor, que lindo.

Última hora

Diz que também não havia armas de destruição massiva no ilhote Peregil.

A garrafa, meio cheia

Extraído de La Opinión A Coruña de 17 de maio:
Pode-se ler o texto completo em Servicios/Hemeroteca (Ejemplar: 17-05-2005).
Dentro de Secciones, em Contraportada.

En galego porque é de xustiza

Unha trintena de maxistrados dan pulo á normalización da lingua galega no seu ámbito de traballo.

Encabezados polo fiscal-xefe do Tribunal Superior de Xustiza de Galicia, Carlos Varela García, un grupo de maxistrados veñen de asinar unha declaración a favor do galego. Agardan que a súa iniciativa favoreza a calidade da xustiza neste país "suprimindo unha coacción tácita que o cidadán non está obrigado a padecer e que o dereito non pode consentir".

(...)

...os xuíces, fiscais e secretarios xudiciais que apoian a iniciativa da Asociación de Funcionarios pola Normalización Lingüística amosan a súa disposición a introducir na súa práctica xurídica o decreto aprobado por unanimidade no Parlamento de Galicia en setembro do ano pasado, tanto no que atinxe á adopción do galego como lingua de contacto inicial entre a persoa que representa a Administración e o cidadán, como no que se refire a informar da validez, legalidade e mesmo conveniencia de redactar en galego un documento no momento de iniciar calquera trámite oficial.

(...)

Os maxistrados que suscriben a declaración clarexan que "como é natural, nos nosos tribunais e na nosa propia actuación garantímos a plena cooficialidade do galego e do castelán. A quen se exprese en castelán garantímoslle o dereito a ser atendido en castelán, pero queremos ofrecerlles aos que se expresen en galego a mesma posibilidade, e por iso nos adiantaremos a iniciar os actos en galego para evitar un posible ocultamento por intimidación que estaría impedindo o uso dun dereito constitucional".

Praça Nova

Em sábado passado, Lara López, a condutora do programa de Radio 3 (RNE) Músicas Posibles, leu um texto do Jabier Muguruza no que falava, entre outras coisas, duma actuação da Cesária Évora.
O Muguruza olhava à cantante, muito elegantemente vestida, mas descalça. Ele ficara atraído pelos seus pés “vulgares”, diz o músico.
Depois, ele citava umas palavras da própria Cesária, nas que explicava como era que não conhecia a Praça Nova do Mindelo, a súa cidade. Quando ela era jovem, estava proibida a entrada na praça para as pessoas que foram descalças. Só quem levar sapatos tinha licença para entrar lá. Assím, foi por esta causa, que ela nunca pisara a praça e pensava não o fazer por toda a súa vida.

O Jabier Muguruza, Narf e o Miquel Gil estiveram no Teatro Principal de Pontevedra em sexta feira, com o seu espectáculo chamado Mundo Café.

O terceiro mistério

Existe confrontação de opiniões entre os exegetas apocalípticos, sobre se o fim do mundo, tal e como o conhecemos, começará em 6 de Junho do ano vindouro (6/6/6) ou em 20 de Junho do presente.

Línguas vivas

A normalidade também se acada por meio do extraordinário: o Correlíngua ou o Dia das Letras Chairegas, se calhar.

O Padrinho

Perante a convocatória eleitoral de 19 de Junho, a Xunta de Galicia, está a blindar os postos dos seus acólitos.
Desvergonhadamente, como já fez em outras vezes, o Padrinho justifica o clientelismo e o nepotismo no seio da Família Poppolare.

Vítimas do terrorismo

Estam sendo julgadas cinco pessoas, membros de Greenpeace, que participaram numa acção pacífica na baía de Rota, junto à base militar estadounidense em território espanhol, contra da invasão do Iraque.
Em solidariedade com estas pessoas, pode-se assinar uma declaração de autoinculpação.

Poluição

Conta Polarco, historiador da Prísia, que Alexandre, rei da Nabedónia, na antiga Nécia, foi visitar ao Diógenes pela fama de sábio que o cínico tinha.
Este é o diálogo que eles mantiveram:

Alexandre: -Pida o senhor o que voçé quera e eu darei.
Diógenes: -Afasta de min a sombra das túas palavras.
Alexandre: -O que é que o senhor fala?
Diógenes: -Estou a falar de “valorar”, “tertulião”, “sistema literário”, “a nível de”, “núcleo duro”, “euroescéptico”, “o senhor”... Disso é que eu falo.

O Bucéfalo, o magnífico cavalo do rei, quem permanecera em silêncio, assentiu.

Bucéfalo: -Venha!

Nunca mais

-Cando sinto a palavra “cultura”, boto a mão à pistola para ver quem se pom a tiro.

Divergência e união

Reintegracionistas, isolacionistas?